Educação no Summit Iguassu Valley abordará das transformações digitais à inteligência artificial

  • 08/05/2024
(Foto: Reprodução)
Evento será realizado nos dias 13 e 14 de junho em Foz do Iguaçu (PR). Educação empreendedora e inovadora com foco na nova economia e em novas demandas profissionais. Essa é uma das verticais do 2.º Summit Iguassu Valley Latinoamerica, que será realizado nos dias 13 e 14 de junho, no Grand Carimã Resort & Convention Center, em Foz do Iguaçu (PR). O evento está com os ingressos à venda. Diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Marcio Spinosa, nesta entrevista, destaca o papel das instituições de ensino no desenvolvimento das empresas, explica as estratégias da entidade para fomentar o ecossistema de inovação e aponta tendências em inovação na era da educação digital. Spinosa é professor e pesquisador na UFTPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Pós-doutor em Inovação pela Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), doutor e mestre (DEA) em Informática e Produtrônica pela Universidade d’Aix-Marseille (FR), especialista em Inovação pela Universidade do Texas (EUA) e pela Universidade Simon Fraiser (CAN). Luiz Marcio Spinosa - Diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária Divulgação Spinosa é professor e pesquisador na UFTPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Pós-doutor em Inovação pela Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), doutor e mestre (DEA) em Informática e Produtrônica pela Universidade d’Aix-Marseille (FR), especialista em Inovação pela Universidade do Texas (EUA) e pela Universidade Simon Fraiser (CAN). No contexto do Summit Iguassu Valley, como você acredita que as instituições de ensino podem contribuir para o desenvolvimento de empresas? Há a linha tradicional das instituições de ensino, que é a formação de pessoal. Hoje temos a certeza de que boa parte dos egressos do ensino superior é absorvida pelo setor econômico. Essa é a primeira linha de contribuição importante, que é o próprio ensino mais especificamente na pesquisa e inovação. Temos um entendimento das instituições de ensino, e do sistema de ciência e tecnologia como um todo, de que as empresas precisam conduzir uma agenda de inovação própria para se manterem competitivas e sobreviverem no mercado. Essa agenda de inovação pode ser desenvolvida com o auxílio das ICTs [instituições de ciência e tecnologia]. Existem vários mecanismos para que isso ocorra. O Summit Iguassu Valley é um dos mecanismos que podem explorar essa comunicação da academia com as empresas. Qual é o papel da educação empreendedora na formação de profissionais preparados para atuar nesse ambiente de constante mudança e inovação? A educação é fundamental. A formação tradicional é insuficiente para colocar o profissional no mercado já sendo capaz de criar sua própria empresa, criar riqueza, renda e emprego. Cada profissional é um ator de transformação, um ator que vai contribuir para o desenvolvimento sustentável de onde ele se instalar. Essa competência, não só técnica, mas empreendedora, é um grande diferencial nesse sentido. Apoiamos as iniciativas que promovam essa formação empreendedora, além da formação técnica específica que os cursos de graduação têm ofertado. Com relação à Fundação Araucária, como vocês enxergam o papel da instituição no apoio a iniciativas que promovem a inovação e o empreendedorismo, como o Summit Iguassu Valley? É muito importante. É um instrumento que permite resolver um problema muito antigo: a relação entre as universidades e as empresas. Esses dois mundos têm indicadores próprios de produtividade e indicadores próprios de funcionamento. Nós temos, nos últimos anos, buscado encontrar a aproximação desses dois mundos, criar essa interface que permite um mundo entender o outro mundo. O Summit Iguassu Valley é um desses instrumentos que permitem atender a esse objetivo. Quais são as estratégias da Fundação Araucária para fomentar esse ecossistema de inovação? Desde 2019, temos implementado uma estratégia baseada em novos arranjos de pesquisa e inovação, os chamados NAPIs. Olhamos o estado organizado em ecossistemas de ciência, tecnologia e inovação, que são definidos pela concentração do capital intelectual. Essa centralidade está muito ligada às nossas universidades, aos nossos centros de pesquisas, às nossas ICTs. Hoje, toda a grande cidade do estado é uma centralidade de um ecossistema de inovação. Na Região Oeste, nós temos com clareza um grande ecossistema. Percebemos que, nos últimos anos, é um dos mais ativos, que é um ecossistema que tem captado com muita consistência os recursos que a gente veicula por meio dos NAPIs. Pode explicar em detalhes o funcionamento dos NAPIs? Os NAPIs são redes colaborativas formadas por pesquisadores da região e do estado; empresas que entram muito como demandantes da pesquisa a ser feitas pelos pesquisadores; governo, que entra como um facilitador, provendo os recursos, inteligência e networking. O quarto componente desse quadro é a sociedade civil organizada, que cumpre um papel muito importante, às vezes substituindo até o próprio papel do governo –é o caso do Sebrae, do Senai etc. Como você visualiza o impacto do Summit Iguassu Valley na formação de uma nova geração de empreendedores e no desenvolvimento econômico da região? É fundamental [antes, durante e depois]. O evento é complementar à formação tradicional do egresso e do pesquisador na universidade. Momentos como esse proporcionados pelo Summit Iguassu Valley permitem aos empreendedores e aos pesquisadores perceberem as necessidades das empresas, perceberem a dinâmica à qual elas estão submetidas para sobreviverem nesse mercado e assim se tornarem cada vez mais competitivas. E então trazer essa realidade para o espaço de pesquisas [os laboratórios] e desenvolver soluções – tanto para o pesquisador que fica dentro das universidades quanto para aquele pesquisador que sai da universidade e quer criar o seu próprio negócio. Quando um pesquisador recebe essa formação empreendedora, como a promovida pelo Summit Iguassu Valley, acaba tendo contato com possíveis clientes. Isso, de certa forma, assegura o desenvolvimento do seu próprio negócio e da região. Como o setor educacional está adaptando-se para acompanhar as transformações no cenário digital, especialmente diante da crescente ênfase em educação empreendedora e inovadora? As instituições do setor educacional estão até à frente de muitas outras instituições no que diz respeito à adoção e uso de soluções digitais. É muito comum a formação em plataformas digitais, a partir de um modelo híbrido, para formação de todo tipo de profissional. Temos cursos que chegam a 70%, 80% da formação utilizando plataformas digitais. O desafio mais recente é a inteligência artificial. Boa parte das instituições de ensino e dos setores ligados às pesquisas está muito atenta a essa questão. Temos pessoas fazendo um esforço grande para entender essa transformação digital ligada à inteligência artificial em várias dimensões na formação de seus próprios alunos, mas também no desenvolvimento das pesquisas e no desenvolvimento do empreendedor e de novos negócios. Quais são as principais tendências em inovação na era da educação digital? Certamente a inteligência artificial. A IA faz parte de um movimento maior de transformação digital, que tem outras tendências associadas. Quando falamos de indústria 4.0, do serviço 4.0, da saúde 4.0... Todo esse conjunto de transformação digital ou de transição digital é hoje considerado tendência e inovação. A inteligência artificial talvez seja aquela que hoje mais suscite atenção. Ela vai impactar praticamente todos os setores, mas nós ainda não temos clareza da melhor forma de tomar conta dessa tecnologia; apropriarmos de forma responsável para que ela justamente gere os efeitos esperados. Esses efeitos são o que nós entendemos de mais correto e mais nobre: o desenvolvimento sustentável e o desenvolvimento humano. De que maneira a Fundação Araucária está colaborando com instituições educacionais para desenvolver e implementar soluções digitais inovadoras? Essa é a essência da Fundação Araucária. A missão da Fundação Araucária tem com base três linhas de atuação: 1) apoiar projetos de pesquisa, sendo que boa parte desses projetos de pesquisa tem a transformação digital como critério condicionante para receber recursos nossos; 2) formar pesquisadores com bolsas de mestrado, doutorado, pós-doutorado ou iniciação científica da Fundação Araucária; 3) disseminar conhecimento gerado pela academia e pelas instituições de ciências e tecnologias. Dentro desse terceiro eixo, temos a disseminação desse conhecimento à sociedade. Para realizá-lo, dependemos muito de eventos como o Summit Iguassu Valley. Fomentamos a realização de eventos que promovam essa relação da universidade com a sociedade como um todo, ligando e trazendo essas soluções digitais inovadoras. A essência de fundações como a Araucária é apoiar as instituições educacionais para desenvolverem e absorverem todo esse movimento de transformação digital e de soluções digitais inovadoras.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/acifi/summit-iguassu-valley/noticia/2024/05/08/educacao-no-summit-iguassu-valley-abordara-das-transformacoes-digitais-a-inteligencia-artificial.ghtml


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